
O crescimento do transporte aéreo exige que a cadeia de fornecedores também se prepare para este desafio, por meio de investimentos em equipamentos e mão de obra especializada a fim de atender a crescente demanda e preços competitivos. Nesse sentido, as nomeadas Ground Service Providers (GSP) exercem um papel fundamental para o desenvolvimento do setor, exercendo, atualmente, 40% das possíveis modalidades de serviços no Brasil. A média mundial, segundo a IATA, né de 50%, demonstrando que o país está no caminho certo para atingir essa marca. No comparativo com maio de 2016 e dezembro de 2018, observa-se alta de 30% no segmento. O Brasil conta com 120 GSPs que, juntas, são responsáveis por gerar mais de 42 mil empregos diretos.
Serviços como voltados para transporte de bagagens, limpeza de aeronaves, inspeções de segurança, check-in, abastecimento de aeronaves, transporte de superfície para tripulação e passageiros, raio X, tanto de bagagem de mão como as despachadas, manuseio de carga aérea – exportação e importação, entre outras atividades, fazem parte das atividades das GSPs.
A privatização dos aeroportos no Brasil impulsionou o setor. Com os investimentos feitos em vários aeroportos, aumentou a demanda por serviços auxiliares, pois os novos administradores
enxergaram rapidamente as vantagens na contratação das GSPs. Em especial por conta da economia de escala. A maioria dos aeroportos no país ficariam com as operações comprometidas por restrição de área se, por exemplo, cada empresa aérea quisesse internalizar seu “handling”. As GPSs customizam equipamentos e mão de obra. Deixando, então, a operação mais adequada
com a realidade do consumidor brasileiro.
A Abesata entrou o ano de 2019 com três projetos para enfrentar os desafios esperados com o crescimento do transporte aéreo a partir de 2020: O primeiro deles é a Campanha Esata Legal, uma iniciativa capitaneada pela Abesata, mas que conta com o importantíssimo, porque não dizer essencial, apoio da ABAG, ABEAR, ANEAA, IATA, JURCAIB, INFRAERO e do Ministério da Infraestrutura. Não queremos que o tomador dos serviços sofra mais com a alta rotatividade de empresas. Isso prejudica o amadurecimento do segmento e tolhe o crescimento do transporte aéreo. Queremos
que prevaleça o profissionalismo e o cumprimento das leis. E não se pode falar em profissionalismo se a gente não navegar pela educação. Aí surge o segundo projeto: Parcerias com Escolas e Universidades para a criação de curso de extensão em Serviços Aeroportuários. Este projeto consiste em capacitar pessoal e criar parcerias nos municípios de várias cidades do Brasil que
acolhem grandes aeroportos. É qualificar o cidadão que reside perto de seu trabalho: o aeroporto. O projeto é de utilidade pública, sem fins lucrativos.
Por fim, o terceiro projeto-desafio é tornar o código de ética e as regras de compliance mais reais, mais atuantes e próximas do dia-a-dia, envolvendo, além das GSPs, os operadores aéreos e os operadores de aeródromos. Assim, através do trinômio legalidade-capacitação-ética, deixaremos um legado adequado para o crescimento sustentável do transporte aéreo no país.
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