Nota de esclarecimento – Abesata – 14.11.24

A Abesata gostaria de manifestar solidariedade com a situação deficitária que comumente vem ocorrendo no processamento de cargas no Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU). E, também, colocar-se à disposição para colaborar com a solução do problema, que é cíclico.

O crescimento da demanda de carga aérea, que apesar de ser boa notícia, acabou por evidenciar a deficiência em infraestrutura e pessoal para o processamento da carga no maior aeroporto do país. Os paletes e contêineres de carga que chegam em voos, após desembarcados das aeronaves, são colocados sobre os dollies, que são equipamentos exclusivos para o transporte de carga ou bagagem nos pátios dos aeroportos e pertencem às empresas de apoio em solo, para que possam ser transportados até o terminal de cargas do aeroporto, onde são processados pelo aeroporto e pelas autoridades aduaneiras e liberados para seguir caminho até seus destinatários. Porém, em razão das dificuldades do terminal de cargas em processar a carga que chega em voos, os paletes e contêineres acabam ficando armazenados por dias sobre os equipamentos das empresas de apoio em solo, o que provoca, também, a ineficiência no atendimento de outras demandas e resultando em perdas para as empresas de serviços em solo. Apenas como exemplo, constatou-se que os custos com manutenção de dollies e mão de obra aumentou em quatro vezes.

O problema com a carga de importação tem causado a retenção de pessoal e equipamentos das empresas de apoio em solo e, consequentemente, prejudicado a rotina no manuseio da carga de exportação e da restituição da bagagem do passageiro, queixoso da demora, conforme amplamente retratado pela imprensa.

Estudar alternativas logísticas perenes para facilitar e acelerar o embarque e desembarque de cargas é urgente, assim como criar métodos para antever o aumento de carga aérea, preparar a estrutura de todos os elos do sistema de aviação civil envolvidos com Guarulhos para estes picos que já acontecem pela terceira vez em um ano.

Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo)

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