Nesta terça-feira (19), a Assembleia Geral Extraordinária contou com a participação de um convidado especial, John Rodgerson, presidente da Azul. Em pauta, a situação atual das companhias aéreas, a oferta de empréstimo do BNDES e os planos para retomada. Rodgerson ressaltou que é hora de toda a indústria do transporte aéreo se unir – aeroportos, companhias aéreas, empresas de serviços em solo etc – e mostrar ao governo e ao Congresso Nacional a importância da aviação como geradora de empregos e fonte de arrecadação de impostos. “No ano passado, pagamos R$ 2,5 bilhões em impostos e geramos 2.500 novos empregos, se a indústria encolher 40%, isso vai deixar de existir”, explicou.
Na visão do executivo, é preciso mostrar a importância da aviação para a retomada econômica do país. O brasileiro viaja ainda muito pouco, bem menos que o colombiano, que o chileno, muito menos que o americano ou europeu. “Mas a gente estava crescendo, só a Azul crescia 25% ao ano, investimos R$ 6 bi em novas aeronaves e caminhávamos para chegar perto do mercado colombiano, ou seja, íamos precisar de mais 300 ou 400 aeronaves”, afirma.
Estiveram presentes na videoconferência 15 (quinze) diretores e CEOs de empresas associadas da Abesata e puderem fazer perguntas e trocar impressões, em especial sobre o ritmo de retomada dos voos. Quanto ao BNDES, Rodgerson disse que nos EUA e alguns países da Europa os governos entenderam um pouco diferente o papel da aviação e deram parte do dinheiro para garantir a sobrevivência das empresas e os empregos sem usar o empréstimo bancário, o qual certamente teremos que honrar dentro de cinco anos.
Já em relação à retomada, o presidente da Azul afirmou que no fim do ano acredita estar voando com metade das aeronaves da frota. “Estamos nos preparando para o pior cenário, mas esperando o melhor.”
Fonte: Comunicação Social da Abesata